segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Dornier" das FA no chão por causa de dívidas a TACV


O avião “Dornier” da Guarda Costeira Nacional (Forças Armadas) está há vários meses estacionado na placa do Aeroporto da Praia, completamente inoperante. Ao que conseguimos apurar, essa paralisação forçada deste guardião do espaço territorial cabo-verdiano deve-se ao facto de estar sem licença para voar. Dívidas acumuladas, na ordem dos 75 mil contos, junto da TACV oblige!.

Dornier Do-228-212 D4-CBK 8222 Luxembourg-Findel - ELLX






“A TACV tentou por diversas vezes cobrar essa dívida, sem sucesso. Porque os valores acumulados já são demasiado elevados, a empresa suspendeu a manutenção e, como consequência, a Aeronáutica Civil retirou ao avião a licença, que era solicitada pela companhia aérea nacional”, indicam as nossas fontes.Fontes asemanaonline explicam que as dívidas resultam do incumprimento de um acordo entre as Forças Armadas e a transportadora aérea, que previa a manutenção do aparelho em troca de uma remuneração mensal de cerca de 500 contos. O problema é que, não obstante as FA disporem no seu orçamento de um fundo destinado a esse fim, o dinheiro não vinha sendo repassado à TACV há largos meses, com claros prejuízos para a transportadora.
As FA, prosseguem, tentaram dar a volta à questão elaborando um Manual, que apresentou à AAC, mas esta instituição accionou a TACV para ver o que estava a passar. “A TACV reteve o documento e garantiu que só libera o Manual depois que as FA liquidarem a dívida, que já chega a 75 mil contos. Enquanto isso, o Dornier continua estacionado na placa”, acrescentam.
Tentamos abordar a TACV sobre esta questão, mas a directora de Marketing encaminhou-nos para o Director Financeiro da empresa, com quem nunca conseguimos chegar à fala. Já o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, Fernando Pereira, optou por dizer ao asemanaonline que “esta é uma questão interna e que não quer falar sobre o assunto”.
As críticas sobre essa "paralisação forçada" do avião “Dornier” das FA chegam de vários quadrantes da sociedade civil cabo-verdiana. Uma das vozes mais contundentes é a do Major reformado Adriano Pires, para quem o Estado gastou milhares de contos do erário público na reparação do aparelho, que agora está inoperante, não se sabe se à espera de um motor, radar, piloto ou GPS. Enquanto isso, diz, os nossos mares estão à mercê do crime organizado
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