terça-feira, 25 de outubro de 2011

Companhia charter White avança com voos regulares para Cabo Verde

 

Companhia charter White avança com voos regulares para Cabo Verde

White Airways Airbus A310-304 CS-TKI Flyred (42989)A White, companhia aérea que tem liderado o segmento charter em Portugal, está a avançar com o processo de licenciamento para operar voos regulares para Cabo Verde (Sal e Boavista), México e Cuba. O objectivo é "dar a possibilidade aos operadores turísticos de não terem que garantir o avião inteiro", afirma Rui Almeida, administrador da empresa.
O INAC, autoridade aeronáutica portuguesa, já publicou em Diário da República os avisos de que a White Airways requereu licenças para exploração de serviços de transporte aéreo regular nas rotas Lisboa - Cancun - Lisboa, Lisboa - Havana - Lisboa, Lisboa - Varadero - Lisboa, Lisboa - Boavista - Lisboa e Lisboa - Sal - Lisboa.

A evolução da White Airways para o segmento de voos regulares enquadra-se numa tendência internacional das companhias aéreas charter, para reduzir o risco dos seus clientes operadores turísticos, na medida em que ficam com a possibilidade de venderem lugares de avião isoladamente.

"Basicamente a White é uma empresa charter. Mas o tráfego que normalmente voava nas empresas charter deslocalizou, dada a grande oferta e ofensiva das regulares em apanhar o tráfego de turismo. E portanto nos temos que ir atrás do nosso tráfego. Não vamos querer roubar tráfego a ninguém, vamos tentar com este movimento reaver o tráfego que era nosso", afirmou Rui Almeida, citado pelo portal de turismo PressTur.

Assim, os voos da White poderão transportar tanto passageiros que compram pacotes turísticos que incluem também alojamento e transferes como passageiros que apenas querem as passagens aéreas.

 (PressTur)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

HalcyonAir sem asas para voar

Dívidas avultadas, salários três meses atrasados, profissionais em debandada e nenhum avião disponível. O cenário é caótico na Halcyonair, mas o dono, Jorge Spencer Lima, garante que até finais deste mês a empresa "passarinha" voltará a cruzar os céus de Cabo Verde.


Está em percurso descendente a companhia aérea privada fundada por Jorge Spencer Lima e que começou a operar em 2008. Depois de vários processos pendentes de dívidas acumuladas e voos vazios, eis que surge mais um contratempo que pode prejudicar enormemente a Halcyonair. O ATR 42-500, de 44 lugares, o único que vinha operando nos últimos 12 meses, foi mandado parar pela Agência de Aviação Civil a pedido da Phoenix Aircraft, empresa sedeada em Singapura, que reclama a devolução da aeronave por falta de pagamento do aluguer (60 mil euros por mês).
Há alguns meses, a Phoenix já havia comunicado à autoridade aeronáutica cabo-verdiana o incumprimento dos compromissos por parte da Halcyonair, tendo desde então ameaçado vir buscar o avião. Esgotada a paciência, a proprietária do ATR "Assomada" (nome como foi baptizado pela Halcyonair) solicitou à AAC a cessação da licença de navegabilidade do aparelho para o vir buscar.
FIM DE CONTRATO?
Cumprindo os dispositivos legais no que tange à aviação civil internacional, a Aeronáutica mandou a Halcyonair, na semana passada, parar os voos comerciais do "Assomada", retirando do sistema nacional de voo as viagens da companhia liderada por Jorge Spencer Lima. Um procedimento, recorde-se, igual ao sucedido com a extinta "InterIsland Airlines" que teve de encerrar as portas por falta de pagamento do aluguer dos aviões há uns anos atrás. Neste momento, o "Assomada" está poisado no Aeroporto do Sal à espera que o dono o venha levar de volta à Singapura.
A NAÇÃO tentou um contacto com o presidente do Conselho de Administração da Halcyonair, Jorge Spencer Lima mas até ao fecho desta edição não nos foi possível. Entretanto, Spencer Lima falou a outros órgãos de comunicação social, dizendo que a suspensão dos voos se deveu ao término do contrato com a proprietária do ATR, mas que está a renegociar a fim de manter o "Assomada" no arquipélago.
Scapa, como é mais conhecido, disse ainda não haver motivos para alarme, porquanto no final deste mês chegará o ATR 42-320, de 46 lugares, que estava em reparação nas Canárias.
INCUMPRIMENTOS
Sucede que, segundo as fontes do A NAÇÃO, a Halcyonair também não cumpriu com a oficina de manutenção de aeronaves nas Canárias. É que o ATR 42-320, baptizado de Santa Maria, está naquele arquipélago desde Outubro do ano passado porque a Halcyonair, simplesmente, não pagou os custos de reparação.
Segundo fontes deste jornal, a companhia aérea privada cabo-verdiana foi cobrada 60 mil contos para a reparação total do aparelho, devendo avançar com 50% (30 mil contos) antes do início dos trabalhos, o que nunca terá sucedido. Acresce-se a isso, a taxa de estacionamento que o avião terá de pagar durante todo o tempo que esteve parado no aeroporto de Canárias.
Mesmo com a chegada do "Santa Maria", a Halcyonair poderá sentir grandes dificuldades para retomar os voos normais aqui no arquipélago, sua zona de acção. É que, apesar de o seu dono não o admitir, ela está a passar por sérias dificuldades financeiras. Tanto que não paga o aluguer da viatura (Hyace) que faz o transporte da tripulação de casa para o Aeroporto da Praia há dez meses, o que obrigou o dono do veículo a suspender o contrato na última sexta-feira, e a ir buscar a viatura.
NO VERMELHO
Mais: a TACV tem a autorização do Tribunal para penhorar os bens da Halcyonair de forma a cobrir os 30 mil contos que a empresa de Spencer Lima acumulou junto da companhia aérea de bandeira nacional pelos serviços prestados desde 2008. A penhora não aconteceu, como aliás o relatado por este jornal (ver edição nº 198, de 16 de Junho de 2011), porque os bens em nome da Halcyonair não chegam para cobrir a dívida (o ATR "Santa Maria", por exemplo, está no nome do BAI, banco angolano que financiou a sua aquisição).
Além disso, contam-se milhares de contos de dívidas junto da ASA, INPS e Finanças, que ascendem a cem mil contos. A Enacol, que abastece a Halcyonair, também reclama uma dívida superior a 15 mil contos, tendo inclusive ameaçado suspender o fornecimento.
E, como se não bastasse, neste momento os trabalhadores estão com três meses de salário em atraso, repetindo a série de meses que não viram o seu vencimento no início deste ano. Por causa disso e do cenário nebuloso que se adivinha, muitos deles estão a abandonar a empresa, em quase debandada. Nos últimos dias saíram de uma assentada três comandantes, que preferiram aventurar-se em Angola, Guiné Equatorial e TACV.
SAÍDAS
Também o pessoal da manutenção e de serviços administrativos têm optado por abandonar a companhia – dois técnicos de manutenção foram trabalhar no Madagáscar. Nilton Lobo, que vinha desempenhando o cargo de director financeiro da Halcyonair, deixou a empresa há quase um mês, regressando à TACV.
O clima na Halcyonair está de tal forma tenso que, na sexta-feira passada, 7, um grupo de comandantes e pilotos chegou, praticamente, a invadir o gabinete da directora comercial e "handling", Euriza Carrilho (faz a vez de directora-geral, já que Spencer Lima dedica mais tempo às outras empresas), acusando-a de ser a responsável pela situação dramática por que passa a companhia.
Com este cenário todo, há quem já preveja o fim da Halcyonair nos próximos tempos, ideia, aliás, que ganha força agora com a retirada do sistema de todos os voos da companhia e a constante saída de profissionais.

(In A nação)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Senegal Airlines entra no mercado cabo-verdiano

A Senegal Airlines, companhia que iniciou actividades em Janeiro de 2011 com quatro aparelhos (três Airbus e um ATR), lança-se no mercado nacional a partir desta quinta-feira, 06, com uma campanha promocional, que se prolonga até 31 de Dezembro. O director comercial assume que “não é concorrência à TACV mas sim um complemento” aos voos existentes.

 A companhia, que já faz ligações para África Ocidental e Central com voos frequentes, designadamente para Abidjan, Bamako, Banjul, Conacry, Cotonou, Douala, Libreville, Niamey, Ouagadougou e Zinguinchor, vai ligar Praia e Dakar cinco vezes por semana (segundas, quartas, quintas, sábados e domingos). Esta linha vai permitir igualmente a ligação directa para Bissau, às segundas, quartas e domingos.
As viagens que iniciaram nestes primeiros meses são alvo de preços de lançamento. Todas as marcações até ao final deste ano de viagens que aconteçam até 31 de Março de 2012 são atingidas por uma “promoção especial”.
Assim, as ligações Praia/Dacar/Praia ficam a partir de 32.900 escudos, com taxas incluídas e Praia/Bissau/Praia a partir de 37.150 escudos, também com as taxas incluídas.
O director comercial da Senegal Airlines assume que “o objectivo não é ser concorrência à TACV”, que já efectua estas ligações, “mas sim ser um complemento para melhor servir os passageiros”.
Sem querer adiantar o número de passageiros que pretendem atingir, ou mesmo a quota de mercado desejável, Christophe Leloup diz que “será muito bom se houver um equilíbrio” com a quota de mercado da concorrente cabo-verdiana.
“É difícil dizer que quota de mercado vamos atingir, mas queremos um equilíbrio com a quota de mercado existente, tanto na capacidade de voos como no número de passageiros. Se atingirmos melhor se não, teremos de continuar a batalhar para conseguirmos”, defende Christophe Leloup.
A Senegal Airlines resulta de uma parceria entre o Estado do Senegal e o sector privado. A empresa possui ainda parcerias técnicas e estratégicas com a Airbus em relação a frota, e com a Emirates, para implementação operacional e assume a “Elegância africana” como a frase chave dos serviços.

(In Asemana)